sábado, 10 de outubro de 2015



Ah, por que não posso te abraçar?
Suplicante, suplicava
Aos céus
Ao vento, ao léu
Para a tela onde se delineava
O desejo, a pulsão

Depois do abraço
Outros desejos virão
Pensou
Sabia
Sentia

Andar pelo cais
O vento no rosto
O café no botequim
A biblioteca por olhar

Não, ah, não
Tantos impedimentos
Tantos vãos
Tantos céus
Tantos santos
Tantos chãos

Que dor
Quantas distâncias
Duas vidas
Planetas  diferentes
Tantas órbitas
Para uma só mente

Só mente, se mente
Semente
A arar a mente
A frutificar desejos
E uma vontade crescente

Do abraço
De aço
De abrir
Estradas no coração
Porta, janela
Abrir sorrisos
Falta ação
Falta ação

Falta ação
Para ligar dois sujeitos passivos
A um verbo de ligação
Tempo adverbial de lugar
Lugar qualquer
Na serra, no mar
Tempo adverbial de modo
Modo de abraçar
Sem medo

7 comentários:

Lucia disse...

ah...Nem falo nada. Mas amei a poesia.

Paulo Francisco disse...

Abraços apertados são sempre os melhores.
beijogrande

Cidália Ferreira disse...

Boa noite Paula

Maravilhoso o teu poema!



Bom fim de semana
Beijinhos

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Cidália Ferreira disse...

Boa noite Paula

Maravilhoso o teu poema!



Bom fim de semana
Beijinhos

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Lídia Borges disse...


Os limites do sem limite! Muito bonito, sim!

Beijo meu

Lídia

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga Paula

Perdoe-me a ausência.
Final de ano, para quem ensina
o tempo fica curto,
mas estamos sempre visitando
espaços preciosos que nos fazem tão bem.

Gostaria de convidá-la a visitar o meu blog
www.sonhosdeumprofessor.blogspot.com
onde postei uma entrevista que fiz recentemente
e que está sendo vinculada na mídia de Fortaleza.

É também uma forma de entender a forma
que penso a Educação que acredito
e a qual dedico a minha vida.

Um imenso abraço.

Aluísio Cavalcante Jr.

Paulo Francisco disse...

Dona Maria,
Coincidência? Ou não? Ando escrevendo muito pouco. Às vezes sinto vontade de parar totalmente ou simplesmente dá um tempo. Fico horas olhando para o papel ou para a tela do PC e não vem uma palavra. Demoro dias pra conseguir escrever algo. É como se eu estivesse congelado ou me desconstruindo, e cada pedaço de mim vagasse no escuro.
Andei pegando alguns textos do Cores e Nomes e republicando no Varal. No Varanda da Minha Casa nem me lembro qual foi o último texto. Tentei um projeto com o título: Aranhas, passarinhos e outros bichos no Varal de Cores, escrevendo textos infantis e outros carregados em metáforas - não sei se funcionou.
Tenho dois outros blogs parados onde o meu nome não aparece – uma maneira de escrever mais livremente – e nem assim.
Mas vamos voltar às interrogações lá de cima. Entrei no Cores e Nomes e comecei a lê-lo no intuito de limpá-lo, tirando alguns textos. Não consegui. Deixei como estava. Mas acabei me deparando com uma fotografia do mar tirada por você e uma poesia de amor que eu escrevi. Senti uma vontade imensa de republicá-lo no Varal. E o fiz. Programei para o dia vinte e seis (não sei por que). Antes, o post não estava dedicado. E desta vez eu o dedico a você. Coincidência? Talvez!
Não vou negar que o seu comentário me deixou feliz (muito). Mas eu sinto falta também de seus textos por aqui.
Caramba! Nunca escrevi tanto no blog de alguém. Pior – falando de coisas tão minhas. Sinta-se a vontade em tirá-lo daqui. Porque ele acabou virando uma conversa particular em vez de um comentário.
Um beijo grande no coração.